Biko Disse: A falta de bem materiais já é bastante ruim, mas unida à pobreza espiritual é mortífera.
Bikodisse: O que motivou o seu interesse em ingressar na Universidade?
Elder Vargão: Lembro que em 2002 teve a primeira isenção para o vestibular UFBA e nunca havia pensado em fazer curso universitário, no entanto estava no terceiro ano, saindo da escola. Nesta época, a Universidade Federal da Bahia estava passando por algumas transformações que nós estudantes de colégio estaduais não sabíamos, é aí que reside um dos pontos que me fez quebrar com a linha histórica familiar, passei a pensar diferente (em formação acadêmica), fui criando oportunidades onde não existia, comecei a me mexer e a dar direção a minha vida. Assim, fiz a inscrição para concorrer a vaga de isenção da taxa do vestibular, sabia que tinha chance de ganhar, pois tinha boas notas. Nesta primeira lista de isenção saíram só três nomes entre todos os discentes que estudavam à tarde, dentre esses estava o meu. Foi a primeira alegria que vivenciei, pois havia poucas vagas e consegui uma. Depois procurei saber o que era a UFBA e ninguém do meu meio sabia me responder, diziam que não existia universidade pública no Brasil, talvez levados a tal assertiva pelos longa metragem norte-americanos, mas não desisti, tinha de saber como funcionava a universidade pública. Fui ler livros, revista e jornais, pois o que eu queria saber não era do conhecimento das pessoas do meu bairro. Encurtando a história; fiz a inscrição para curso de História, não porque queria ser professor de tal disciplina, mas porque era a área que mais me identificava no colegial, minhas melhores notas estavam nesta área, escondi essa “preferência”, uma professora chegou a me dizer que poderia fazer Direito, tinha tudo para ser um bom profissional. Não dei importância. A prova se aproximava e a escola não dispunha de uma formação que nos capacitasse para fazer o vestibular, e eu sequer sabia que existia cursinho pré-vestibular, na realidade, havia uma gama de informações que desconhecia. Logo fui fazer a prova, sem mesmo saber como era e não passei. Contudo sabia e estava claro depois que a fiz, que os anos de ensino público foram muito fracos, fracos mesmo. E eu tinha de refazer meus estudos. Os anos de 2003, 2004 e 2005, foram períodos que fiquei conhecido como “caseiro”, alcunha dada por amigos de infância. Estavam certos, estudei, revisei e aprendi assuntos que nunca havia visto no colégio, e reforcei o que eu já sabia. Claro, tinha os meus espaços de lazer também, sendo que muitos foram lendo bons livros (risos). Comecei a pedir para meus irmãos e a minha mãe para trazerem jornais, revistas e livros para eu ler. Este fato é interessante, sabe por quê? Num dos livros que minha mãe trouxe para mim, um fato me chamou atenção, fiquei perplexo, dentre esses livros existia um que era igual o colégio havia me dado, capa, autor, só o volume de páginas que era diferente e isso chamou minha atenção. Quando abri o dito livro, falei: não pode ser! Como, sendo o mesmo livro, esse tem questões de vestibular, conteúdos mais detalhados e informações adicionais, se o meu não tinha? Este livro diferente, era de um estudante de uma escola particular, tradicional, católica de salvador. Aí vi que a questão deveria ser encarada com seriedade, disciplina, planejamento e autoestima.
Bikodisse: Quando e por que você resolveu cursar psicologia?Elder Vargão: Como tinha agora uma diversidade de materiais para ler e muito desses, eram de pessoas que já haviam cursado nível superior, fiquei a par de todos os cursos, pois minha irmã trouxe um manual velho da UFBA, e lá havia todos cursos e informações referentes a cada um deles. Foi assim que conheci a Psicologia, mas ainda estava em dúvida. Certo dia minha mãe chegou em casa com uma sacola de livros e disse que eram meus. Ela contou que a patroa perguntou para que ela queria aqueles livros, minha mãe não respondeu, disse apenas que iria levá-los. Quando eles chegaram em minhas mãos, não tive mais dúvidas, disse: vou ser psicologo formado pela UFBA. Gente, o que posso dizer é que procurei a Psicologia, não conhecia nenhum psicólog@. Não tinha nenhum parente com curso universitário ou cursando, nem era do meu conhecimento vizinho acadêmico. Fui descobrindo através das leituras que tinha afinidades com área, fui cada vez mais querendo saber, a necessidade de conhecê-la me fiz ir para bibliotecas, sendo que aliado a isso tinha meu jeito investigativo, a escuta sempre atenta aos dizeres, segredo de pessoas próximas, a maneira observadora e atenta aos fatos e comportamentos humanos. É, pelo que disse, vocês podem ter uma idéia que não escolhi a profissão visando dinheiro, antes de tudo, a partir das possibilidades, criando oportunidade, fui selecionado, descartando, até que a encontrei, e sei que é o que quero para o resto da minha vida.
Bikodisse: Como você conheceu a Biko? Enfrentou dificuldades para cursar o pré-vestibular?
Elder Vargão: (Risos) É muito engraçada a minha história, conheci a Biko quando ainda estava cursando o Pré-Vestibular Universidade para Todos no Colégio Luiz Viana, em Brotas. O engraçado é que mais uma vez tive a mediação de um meio de comunicação, o jornal, falarei sobre isso agora. Minha irmã, a meu pedido, trazia exemplares antigos do jornal A Tarde, de seu trabalho, assim num desses dias, no segundo semestre de 2004, ela deixou um do dia anterior. Eu era leitor assíduo deste jornal, mas neste dia não li pela manhã, o levei para o curso e à tarde tirei da pasta e comecei a lê-lo, estava junto com alguns colegas. Até aquele dia nunca tinha ouvido falar da Biko, quando passei algumas páginas me deparei com uma matéria falando de cursinho pré-vestibular para negros, na imagem tinha alguns alunos de cabelos afros, então parei e falei: Gente, em 2005 vou fazer pré-vestibular na Biko. Gostei da proposta de ensino e da história da instituição, tinha coisa de CCN que não sabia o que era, tomei uma decisão, naquele ano faria a prova da UFBA. Todo mundo me achou insano. Não dei importância para o que os outros diziam, ninguém naquele curso levava fé em mim, diziam que o curso de Psicologia era caro, que eu não teria dinheiro para cursar, pois os custos não permitiriam. Chegaram a falar da concorrência, na época psicologia era o terceiro curso mais concorrido. Como estava certo do queria, não levei em consideração nada o que me falaram. Ah! Guardei a matéria e esperei pela seleção de 2005, sabe o que aconteceu? Passei na seleção, virei um BIKUDO e, enquanto bikudo, a minha maior dificuldade era o cansaço, pois não tinha dinheiro de transporte, o dinheiro que tinha só era da prestação do pré-vestibular. Dessa forma andei, andei muito à noite, fazia o percurso de Cosme de Farias à Nazaré. E quando tinha aula o dia todo, era cansaço dobrado, vinha para casa comer e depois voltava para o curso, ninguém acreditava, mas eu estava decidido a passar em Psicologia na UFBA. Quando se é excluído, as coisas passam a ser mais difíceis, a impossibilidade é um estigma que não pode ser assimilado, porque a outra luta é permanecer e fazer uma excelente formação acadêmica.
Bikodisse: As aulas de CCN contribuíram para elevação de sua autoestima e formação política?
Elder Vargão: Sempre me lembro do professor Maca, fazendo os refrãos de autovalorização e nós em coro repetindo e dos convidados que serviram como modelo. Minha autoestima floresceu, meu cabelo também, parei de raspá-lo, vi que podia deixá-lo crescer, se isso fosse do meu interesse. Lembro também que via o CCN nas aulas da tríade de grandes docentes como Ivo, Guimário e Edson. O CCN era transversal.As aulas da Professora Conceição, fortaleciam-me a cada dia, a cada tema. Vida política só passei a ter depois da Biko, depois do CCN.
Bikodisse: Antes de participar do Pré-vestibular Steve Biko, você já havia participado de outro grupo ou ONG?
Elder Vargão: Antes da Biko, em 2004, participei do primeiro Universidade para Todos, cursinho pré-vestibular para estudantes de colégio público. Mas não se compara a Biko. Foi na Steve Biko que conheci o Cinema e os museus, pela primeira vez aos 21 anos, acreditem. Foi na Biko que minha consciência, enquanto homem, jovem, e negro, passou a ser lapidada, nela conheci personalidades negras que fizeram formação universitária. Na Biko, sentia e via que em 2006 eu estaria na universidade. Lá construi amizades que levarei para o resto da vida, costumo dizer que a Biko é mais que um cursinho pré-vestibular, é uma revolução na história de muitas vidas. Hoje vejo isso, quando encontro com antigos colegas da Biko na Universidade, em repartições públicas...
Bikodisse: Você é cotista? Qual sua opinião sobre o sistema de ações afirmativas da UFBA?
Elder Vargão:Sim, sou cotista.
Com relação ao sistema de cotas, acredito ter sido uma revolução, a sua implantação na UFBA, universidade burguesa, inserida dentro do complexo sistema de (re)produção de iniquidade e mazelas no seio da sociedade baiana. Agora devemos lutar por mais conquistas, a mudança estrutural deve constar em nossos planos. Por fim, em Psicologia Escolar li dois livros que são básicos para entender o sistema educacional brasileiro, Produção do Fracasso Escolar - Maria Helena Souza Patto e História da educação no Brasil, Otaíza de Oliveira Romanelli para citar só dois entre vários que versam sobre o asssunto. Neles vamos ter a certeza de que cotas não é um favor, mais um direito, até que ocorram transformações que favoreçam a disputa por riquezas matérias e culturais produzidas pela sociedade, a qual temos o direito de usufruir e gozar também. Chega de sermos espectadores, de Panis et circenses.
Bikodisse: De que forma o Psicólogo Elder Vargão poderá contribuir para o fim do racismo e dos danos psicológicos causados às vítimas de discriminação racial?
Elder Vargão: Acredito que já estou contribuindo, recentemente escrevi um artigo ainda não publicado chamado: Psicólogo Escolar e Relações Étnico-Raciais. Por que tanta omissão? Também junto ao GT-Relações Raciais do CRP 03, sou um dos colabores do manual de referências para psicólogos e estudantes Psi e demais profissionais sobre questão racial e psicologia. Fora isso, falo e discuto sobre a omissão da clínica psicológica por não considerar a discriminação como um fator de sofrimento psíquico. Assim pretendo trabalhar nesta causa e escrever sobre o racismo e seu impacto na saúde psíquica.
Bikodisse: Como você conheceu a Biko? Enfrentou dificuldades para cursar o pré-vestibular?
Elder Vargão: (Risos) É muito engraçada a minha história, conheci a Biko quando ainda estava cursando o Pré-Vestibular Universidade para Todos no Colégio Luiz Viana, em Brotas. O engraçado é que mais uma vez tive a mediação de um meio de comunicação, o jornal, falarei sobre isso agora. Minha irmã, a meu pedido, trazia exemplares antigos do jornal A Tarde, de seu trabalho, assim num desses dias, no segundo semestre de 2004, ela deixou um do dia anterior. Eu era leitor assíduo deste jornal, mas neste dia não li pela manhã, o levei para o curso e à tarde tirei da pasta e comecei a lê-lo, estava junto com alguns colegas. Até aquele dia nunca tinha ouvido falar da Biko, quando passei algumas páginas me deparei com uma matéria falando de cursinho pré-vestibular para negros, na imagem tinha alguns alunos de cabelos afros, então parei e falei: Gente, em 2005 vou fazer pré-vestibular na Biko. Gostei da proposta de ensino e da história da instituição, tinha coisa de CCN que não sabia o que era, tomei uma decisão, naquele ano faria a prova da UFBA. Todo mundo me achou insano. Não dei importância para o que os outros diziam, ninguém naquele curso levava fé em mim, diziam que o curso de Psicologia era caro, que eu não teria dinheiro para cursar, pois os custos não permitiriam. Chegaram a falar da concorrência, na época psicologia era o terceiro curso mais concorrido. Como estava certo do queria, não levei em consideração nada o que me falaram. Ah! Guardei a matéria e esperei pela seleção de 2005, sabe o que aconteceu? Passei na seleção, virei um BIKUDO e, enquanto bikudo, a minha maior dificuldade era o cansaço, pois não tinha dinheiro de transporte, o dinheiro que tinha só era da prestação do pré-vestibular. Dessa forma andei, andei muito à noite, fazia o percurso de Cosme de Farias à Nazaré. E quando tinha aula o dia todo, era cansaço dobrado, vinha para casa comer e depois voltava para o curso, ninguém acreditava, mas eu estava decidido a passar em Psicologia na UFBA. Quando se é excluído, as coisas passam a ser mais difíceis, a impossibilidade é um estigma que não pode ser assimilado, porque a outra luta é permanecer e fazer uma excelente formação acadêmica.
Bikodisse: As aulas de CCN contribuíram para elevação de sua autoestima e formação política?
Elder Vargão: Sempre me lembro do professor Maca, fazendo os refrãos de autovalorização e nós em coro repetindo e dos convidados que serviram como modelo. Minha autoestima floresceu, meu cabelo também, parei de raspá-lo, vi que podia deixá-lo crescer, se isso fosse do meu interesse. Lembro também que via o CCN nas aulas da tríade de grandes docentes como Ivo, Guimário e Edson. O CCN era transversal.As aulas da Professora Conceição, fortaleciam-me a cada dia, a cada tema. Vida política só passei a ter depois da Biko, depois do CCN.
Bikodisse: Antes de participar do Pré-vestibular Steve Biko, você já havia participado de outro grupo ou ONG?
Elder Vargão: Antes da Biko, em 2004, participei do primeiro Universidade para Todos, cursinho pré-vestibular para estudantes de colégio público. Mas não se compara a Biko. Foi na Steve Biko que conheci o Cinema e os museus, pela primeira vez aos 21 anos, acreditem. Foi na Biko que minha consciência, enquanto homem, jovem, e negro, passou a ser lapidada, nela conheci personalidades negras que fizeram formação universitária. Na Biko, sentia e via que em 2006 eu estaria na universidade. Lá construi amizades que levarei para o resto da vida, costumo dizer que a Biko é mais que um cursinho pré-vestibular, é uma revolução na história de muitas vidas. Hoje vejo isso, quando encontro com antigos colegas da Biko na Universidade, em repartições públicas...
Bikodisse: Você é cotista? Qual sua opinião sobre o sistema de ações afirmativas da UFBA?
Elder Vargão:Sim, sou cotista.
Com relação ao sistema de cotas, acredito ter sido uma revolução, a sua implantação na UFBA, universidade burguesa, inserida dentro do complexo sistema de (re)produção de iniquidade e mazelas no seio da sociedade baiana. Agora devemos lutar por mais conquistas, a mudança estrutural deve constar em nossos planos. Por fim, em Psicologia Escolar li dois livros que são básicos para entender o sistema educacional brasileiro, Produção do Fracasso Escolar - Maria Helena Souza Patto e História da educação no Brasil, Otaíza de Oliveira Romanelli para citar só dois entre vários que versam sobre o asssunto. Neles vamos ter a certeza de que cotas não é um favor, mais um direito, até que ocorram transformações que favoreçam a disputa por riquezas matérias e culturais produzidas pela sociedade, a qual temos o direito de usufruir e gozar também. Chega de sermos espectadores, de Panis et circenses.
Bikodisse: De que forma o Psicólogo Elder Vargão poderá contribuir para o fim do racismo e dos danos psicológicos causados às vítimas de discriminação racial?
Elder Vargão: Acredito que já estou contribuindo, recentemente escrevi um artigo ainda não publicado chamado: Psicólogo Escolar e Relações Étnico-Raciais. Por que tanta omissão? Também junto ao GT-Relações Raciais do CRP 03, sou um dos colabores do manual de referências para psicólogos e estudantes Psi e demais profissionais sobre questão racial e psicologia. Fora isso, falo e discuto sobre a omissão da clínica psicológica por não considerar a discriminação como um fator de sofrimento psíquico. Assim pretendo trabalhar nesta causa e escrever sobre o racismo e seu impacto na saúde psíquica.
Bikodisse: Dizem que tod@s psicólogos negr@s de Salvador se conhecem. O que você acha dessa afirmação? Ainda somos poucos representados nessa profissão?
Elder Vargão: A assertiva é verdadeira e fica ainda mais concreta se você considerar os que discutem questões raciais, aí nós nos conhecemos bem. Pois as pessoas nos apresentam e terminamos mantendo contato, ficamos amigos. A psicologia é uma categoria profissional de hegemonia feminina e branca, e ainda vai durar muito tempo para mudar esse quadro, mesmo com as cotas, poucos negr@s entram na UFBA para cursar psicologia.
Bikodisse: Quais as dificuldades que um jovem negro enfrenta para cursar psicologia na UFBA?
Elder Vargão: As diferenças gritantes de classe. A principal para mim era a renda, ter dinheiro para fazer cursos extras, comprar livros, pegar disciplinas à tarde, ir aos encontros, simpósios, seminários, etc.
Bikodisse: Que área da psicologia você pretende atuar? Já participou de algum grupo de pesquisa?
Elder Vargão: Psicologia da Saúde ou Comunitária, já fiz e participei de três grupos de pesquisa.
Bikodisse: Deixe-nos uma mensagem de incentivo para @s Bikud@s que prestarão vestibular este ano.
Elder Vargão: Deixarei um poema que fiz, pensei nele pela mensagem de superação, sonho e vitória frente às dificuldades, pois temos que renascer a cada desafio, sem desistir:
Farol
Darei o peito à flecha,
Mas não renunciarei o onírico.
Serei águia e libra, esplêndida força.
E no argumento ontológico vou preterir o lógico.
Assim, pagarei a ferro o meu amor pela vida.
Desse modo, quando dardos incidirem minha atmosfera,
em uníssono com gritos do meu último pleito.
Não desisto!
Porque sou Bikudo, ave egípcia que explode das ruínas,
sou fênix!!!
Elder Vargão Borges
Já ia esquecendo, em 2011.2 serei mais um psicólogo formado pela UFBA!
Pessoal, nesta quinta feira dia 02 de Dezembro tem um bom espetáculo!!!!
ResponderExcluirO GRUPO SÓ ART DE TEATRO EM PARCERIA COM A UNIÃO DE EX-ALUNOS DA UNEB - UNEX CONVIDA VOSSA SENHORIA PARA O ESPETÁCULO:
“CORREIO POÉTICO”
O ESPETÁCULO TEM CUNHO ACADÊMICO, POIS TRARÁ INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS BASEADAS EM ALGUNS LIVROS QUE ESTARÃO INCLUSOS NO VESTIBULAR DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA, CARACTERIZANDO-SE, PORTANTO UMA REVISÃO PARA O MESMO,
O ESPETÁCULO TRARÁ COMO CONVIDADO A COMPANHIA DE THEATRO ELEMENTOS.
Valor: 5.00 Reais
Local:Teatro da Uneb Cabula
Tel.: (71) 8850-3563 (falar Com Fernando)